Ensaio sobre o mistério do canudinho.

Estava eu, ao Sol de terça feira a tarde, sentado num restaurante observando o último grão de arroz que se encontrava no meu prato. As vozes dos meus amigos que almoçavam comigo se misturavam, constituindo um som confuso e ininteligível. Enquanto isso minha vista se embaçava lentamente e eu viajava sem pensar nada que eu fosse me lembrar após 5 minutos.

O Sol naquele dia nos obrigava a manter os olhos semi-abertos e, me causava uma sede insuportável. Automaticamente levei meu copo de Coca-Cola a minha boca e suguei o líquido através do canudinho. Ai está o mistério que me leva a escrever este texto: O canudinho (Neste caso, branco com listras vermelhas e uma ponta dobrável. Se encontra disponível também em diversos tamanhos e cores.).

Por que usamos o canudinho? Pesquiso no Google. Não acho nada relativo a história deles nem nada do tipo. A pergunta continua me martelando a cabeça. Sem o canudinho a sociedade seria praticamente igual, a finalidade do canudinho, de sugar o líquido, pode ser conseguida sem eles sem provocar alterações no aproveitamento, qualidade, quantidade e praticidade do líquido. Eles não são necessários em nada nas nossas vidas e mesmo assim se encontram em qualquer lanchonete, independente de sua classe, alimento servido, atendimento, qualidade e etc.

A pergunta que mais me revoltou naquela tarde foi: Como objetos de tamanha inutilidade conseguiram atingir essa onipresença nas cidades? Isso é coisa do sistema! Não é óbvio? É o meio que os governos usam para nos espionar. Os maliciosos objetos se encontram em toda parte e, mesmo neste mundo competitivo capitalista, são de graça, assim eles permanecem nos restaurantes e lanchonetes e, sobretudo, nas ingênuas mãos do povo.

Viu, o mundo não é tão bonitinho quanto parece, e isto é só a ponta do iceberg.



(canudinhos observando você)