Por um triz
Entre quatro paredes sólidas
Entre muitas pessoas lúcidas
Passo por várias situações súbitas
Passo por situações múltiplas
Pouco passam tempos plácidos
Por este espaço tão fúnebre
Por frestas sempre errôneas
Só enxergo caras pálidas
Peço a minha lucidez
Que se torne alucinante
Para as dores que vierem
Que se tornem minhas amantes
Peço a minha lucidez
Que se esconda por um tempo
Peço por uma ilusão
Que me traga um leve contento
Por tantas paredes claras
Por pálpebras tão escuras
Não me tome por completo
Doce loucura
Juliano Çó
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
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É isso ai Juliano. Essa lucidez normopata é uma morte em vida. A lucidez que respeita e reconhece a insanidade, que convive com ela, a liberdade de iludir, inventar, substituir valores,mudar os rumos ou a forma de pentear o cabelo, dá espaço à alegria.
ResponderExcluirUse e abuse da sua capacidade de VIVER BEM aos 17 anos e nunca se esqueça de conhecer todos os seus cantos.