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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Limites





Ah

Um grito num navio perdido
Ventos
Velas
Vales
Uma bússola por favor

Um pedido perdido jamais esquecido
Estradas
Escolhas
Espinhos
E um Sol a se por

Uma razão, uma crença,
Não faz diferença
Não faz coerência
Não importa o que for

Só se existe aqui se não se enxerga a cor

Angustias que nascem com agente,
Revelam-se cada vez mais doentes
Vazias como um vácuo no vão
estranha como só elas são

domingo, 9 de maio de 2010

Um caminho incerto.


Em toda a minha vida tracei caminhos por onde caminhei durante anos, minutos, talvez até séculos.


Esses caminhos envelhecidos pelo tempo, oscilantes, em constante metamorfose, foram abrindo portas para meus pensamentos, portas abertas para o sofrimento que já me aguardava, que esperava pra se apoçar da minha mente. A partir dos meus 12 anos tudo mudou e ponta a cabeça, meu mundo acabara por acontecer em um breve espaço de tempo que se tornou eterno, desgastante, melancólico.

Nada fazia mais sentido, minha estrada imaginaria se estabilizou, por opção, fiquei preso nela, sofri, chorei, pensei que tudo aquilo nunca mais passaria.

O tempo passou, mais portas se abriram, e o meu desafio havia sido alcançado, consegui sair daquela incessante tortura, que me atormentava a cada noite. Tudo isso proporcionou a criação de novos caminhos, que foram avistados ilustrimente, vivi em muito deles, alguns, cheguei até o fim e agora não passam de memórias, lembranças. Muitos deles, eu abandonei, conheci o amor que se mostrava ilegível diante dos meus olhos, a partir dele me fascinei, até demais, sofri, sonhei.

Muitas vezes me perdi, confuso diante de uma bifurcação, tomei o caminho errado, várias vezes, e neles permaneci, impotente, inútil, sem sentido e valor.

Eu sentia forte aquilo que se enfraquecia, me fortaleci, tive recaídas inusitadas, premonições afligiam minha cabeça naquela manha de sol, o mar adiante no horizonte, nuvens turvas no céu me diziam o futuro que me aguardava, por traz de toda aquela tranqüilidade, minha mente se agitava como o mar em um dia de revolta.

O tempo passou, e as minhas previsões já me avisavam que estavam pertos, que chegariam de forma trágica, não tinha como fugir, nem esconder, era preciso encarar.

Hoje ando sem rumo por um caminho desconhecido, cego, desconfiado, intuitivo vou seguindo adiante, em busca de respostas inalcançáveis, previsões que preciso enxergar, para que eu me prepare para sua chegada, prematura ou atrasada.

A cada dia vou me conhecendo, e descobrindo meu dever no mundo daqui, para que possa cumprir meus deveres e voltar para o meu mundo de origem, aquele lugar que sonho, imagino todos os dias, com abundancia de harmonia e paz, um lugar onde me privo para dentro de mim, onde não há nada a cumprir e apenas esperar a hora para voltar para o mundo daqui.

Igor Guimarães Batalha Freire Santana. (elfo)

sábado, 8 de maio de 2010

Papo furado

Bom, hoje é dia de fazer farra e sair para gandaia com os amigos,fazer a festa;me refiro a este dia maravilhoso que é a ultima a sexta-feira da semana.É o dia que você sai pro barzinho,a mulherada toda esta dando bobeira e você as chamam para tomar aquela gelada.
Agora vamos deixar de papo furado e por um assunto na mesa mais sério, “garçom trás mais uma gelada!”, pois o importante mesmo é aquilo que importa e o resto é bobagem.
Estava aqui com meus pensamentos e logo me caiu a ficha , que a gente mora em um país que a cada 4 pessoas 3 fazem parte de 75% da população e a cada 12 pessoas essas mesmas pessoas fariam parte dos outros 25%, sendo que grande parte é homem e o resto é só mulher,eu quero dizer que mais de 50% das pessoas são a maioria e a menor parte pertence a minoria.E se você parar para pensar,você irá ficar parado o dia todo;mas se cada um fizer a sua parte,você não vai ter mais o que fazer.Realmente, é uma coisa para se refletir, mas no fundo, no fundo,eu nem concordo nem descordo,muito pelo contrário pois, não importa onde você esteja,que sempre você estará lá.
"Então vamos deixar de conversa fiada pois o negócio é sério..."

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cap 1 -

"Insanidade é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes..." de Monge e o Executivo


Ele andava sem rumo pela cidade tentando apenas esquecer os tristes pensamentos que lhe aflingiam, mas a tristeza e a depressão lhe tiravam qualquer força de ação contra seus pensamentos. Mudar é o que ele queria. Ele odiava tudo que era, reclamava de seu corpo, do próprio jeito de pensar, da timidez, e de sua dificuldade em se relacionar; odiava tudo que era e abominando por essa fraqueza mental que lhe foi concedida, ele não mudava algo que detestava: Ser um inutil e impotente jovem.

Ele se chamava Kassio, e pouco aparentava ter seus 16 anos pois sua face juvenil enganava a todos os outros. Seus olhos castanhos observavam fixamente para o chão enquanto andava, tentando decifrar o caminho a seguir apesar da visão embaçada pelo lacrimejar de seus olhos. Suas mãos se fechavam em um tom de fúria, e entorpecido por essa cólera ele desferiu um inusitado soco na parede de madeira de uma obra em construção.

Divagando, Kassio foi se perdendo em seus pensamentos, e nesse mundo paralelo a noção do tempo era vaga. Pela primeira vez andará tão longe na cidade, longe o suficiente para não reconhecer as casas, lojas, ou qualquer lugar conhecido. Tudo estava mudado; o tom cromatizado da cidade devia ter se perdido em algum momento de sua caminhada. As casas descoloridas davam um tom assustador ao lugar, a péssima iluminação não o protegia do tom sombrio da noite, e o odor repugnante o dava uma imensa ânsia de vômito. E desse lugar repugnante, uma voz inesperada apareceu: ‘’Sai daqui!’’, ‘’Esse mundo não te pertence’’, ‘’Você só atrapalha’’, ‘’Voce é estanho’’, ‘’Impotente!’, ´´Monstro!´´. Isto fez com que seu sangue começou a pulsar cada vez mais rapido, as batidas de seu coração tomaram um ritmo intenso, gotas frias de suor brotavam de sua testa, suas pernas tremiam; e, neste estado de pânico, começou a correr desesperadamente, tentando fugir de onde ele achava que o autor das palavras estava. Mas as palavras voltavam a martelar em seu ouvido independente de onde ia. Em sua fuga deseperada, as casas à volta transfiguravam-se em formas retangulares, cinzas e sem vida. A luz fraca transformava sua sombra em um caçador oportuno. O ar fétido que entrava pelas suas narinas era abafado e penetrava em seu pulmão. No meio ao pânico, as vozes tornavam-se mais altas e constantes. “Inútil”, ouviu, "Acha que vai mudar algo?”, “Tu não comanda, tu obedece”.

- SAAAAAIIIIIIIIIIIII !!!!!!! – Gritou Kassio, que com esse grito, ficou mudo. A saliva se esvaiu de sua boca. O tato de sua mão desaparecia, não sentia nada. Ficou surdo. A visão se embassou, até que numa escuridão total ele apagou.

Alexandre (Xedar)