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domingo, 9 de maio de 2010

Um caminho incerto.


Em toda a minha vida tracei caminhos por onde caminhei durante anos, minutos, talvez até séculos.


Esses caminhos envelhecidos pelo tempo, oscilantes, em constante metamorfose, foram abrindo portas para meus pensamentos, portas abertas para o sofrimento que já me aguardava, que esperava pra se apoçar da minha mente. A partir dos meus 12 anos tudo mudou e ponta a cabeça, meu mundo acabara por acontecer em um breve espaço de tempo que se tornou eterno, desgastante, melancólico.

Nada fazia mais sentido, minha estrada imaginaria se estabilizou, por opção, fiquei preso nela, sofri, chorei, pensei que tudo aquilo nunca mais passaria.

O tempo passou, mais portas se abriram, e o meu desafio havia sido alcançado, consegui sair daquela incessante tortura, que me atormentava a cada noite. Tudo isso proporcionou a criação de novos caminhos, que foram avistados ilustrimente, vivi em muito deles, alguns, cheguei até o fim e agora não passam de memórias, lembranças. Muitos deles, eu abandonei, conheci o amor que se mostrava ilegível diante dos meus olhos, a partir dele me fascinei, até demais, sofri, sonhei.

Muitas vezes me perdi, confuso diante de uma bifurcação, tomei o caminho errado, várias vezes, e neles permaneci, impotente, inútil, sem sentido e valor.

Eu sentia forte aquilo que se enfraquecia, me fortaleci, tive recaídas inusitadas, premonições afligiam minha cabeça naquela manha de sol, o mar adiante no horizonte, nuvens turvas no céu me diziam o futuro que me aguardava, por traz de toda aquela tranqüilidade, minha mente se agitava como o mar em um dia de revolta.

O tempo passou, e as minhas previsões já me avisavam que estavam pertos, que chegariam de forma trágica, não tinha como fugir, nem esconder, era preciso encarar.

Hoje ando sem rumo por um caminho desconhecido, cego, desconfiado, intuitivo vou seguindo adiante, em busca de respostas inalcançáveis, previsões que preciso enxergar, para que eu me prepare para sua chegada, prematura ou atrasada.

A cada dia vou me conhecendo, e descobrindo meu dever no mundo daqui, para que possa cumprir meus deveres e voltar para o meu mundo de origem, aquele lugar que sonho, imagino todos os dias, com abundancia de harmonia e paz, um lugar onde me privo para dentro de mim, onde não há nada a cumprir e apenas esperar a hora para voltar para o mundo daqui.

Igor Guimarães Batalha Freire Santana. (elfo)

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