__________________________________________________________________________________________
REFLEXÕES ------------- POESIAS ------------- NOTÍCIAS E RELATOS -----------ARTES E MUSICA -__________________________________________________________________________________________

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Solidão.


Após ler o texto “Solidão” do Elfo, comecei a refletir sobre a solidão, e percebi que chego até a invejar esta solidão que ele se refere. Não estou dizendo que me sinto um popstar e nunca consigo ficar sozinho, não. Estou dizendo apenas, que todas as vezes que não estou com a companhia de terceiros , estou comigo mesmo. É como se dentro da minha cabeça houvessem diferentes pessoas debatendo sobre minhas opiniões, meus valores, minhas atitudes e etc. a solidão que me refiro é apenas material e não psíquica.

Vou deixar mais clar: agora, por exemplo, estou sozinho. Não há ninguém no mesmo ambiente que eu, não há ninguém para me comunicar, estou offline do MSN, meu orkut está fechado, minha mãe está dormindo, enfim, estou realmente sozinho. Apesar de tudo isso, desde o momento em que comecei a refletir, estou debatendo, discutindo e até mesmo me questionando. Assim, concluo que, na verdade, não estou sozinho, estou acompanhado de todas as inexatas e inumeráveis instâncias deliberativas que compõem minha personalidade e minha opinião

Pensei que tivesse chegado a uma conclusão, mas apósum breve questionamento que fiz a mim mesmo, percebi que não posso concluir que nunca estive sozinho, e percebi que os momentos que me dão mais prazer no meu dia a dia foram aqueles em que senti como se os interlocutores da minha mente assumissem um monólogo, como quando toco violão, ou quando ouço The Doors. Ou seja, a" solidão real" , só ocorre quando entramos numa espécie de viajem e, sem nos questionar, agimos e pensamos no que queremos, de forma natural, intuitiva, instintiva e harmoniosa, sem o crivo da razão, da prudência, da coerência e das demais virtudes que existem num ser social.

Ah, essa solidão eu realmente invejo.

Aqui jaz mais um dos meus desabafos noturnos, talvez eu seja apenas um louco que fala sozinho e espera que todos sejam iguais, mas espero que outros compartilhem os mesmos prazeres que sinto na minha solidão

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Solidão...





Sinto-me tão só, nessa melancolia constante vou me perdendo num labirinto de sofrimento, há muito tempo procuro a saída, a luz do fim do túnel que pra mim já não passa de uma simples luz, imaginaria, distorcida no meio da escuridão.

Penso como fazer para encontrar uma saída, um fecho de luz que me mostre aonde ir, que me livre de tanto sofrimento e apague as memórias que tanto me perturbam nas noites de melancolia, gerando uma insônia profunda.

E quando me ponho a pensar, acabo por me descontrolar, perco-me a cada momento, dando voltas num circulo que parece não ter fim, e assim vou me desligando da realidade, da felicidade desejada, do estado de espírito esperado.

Aos poucos essa constante tortura vai se tornando rotina, uma tremenda monotonia, sem sentido, sem razão, sem amor, sem paixão...

Às vezes, quem sabe, talvez, o remédio para isso tudo seja alguém, alguém que possa escutar meu violão soar, ouvir minha voz declamar poesias, um ombro pra se apoiar, uma lagrima para secar, um olhar pra se apaixonar, um por do sol para se apreciar, quem sabe...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A arte das flores


Uma leve brisa perpassava sobre os Ipês, estes a correspondiam com um tapete florido que cobria toda a calçada da praça.

Um homem estava ali, sentado em um banco por entre as árvores; desinteressadamente passava o olho pelo jornal esperando o tempo passar. Seu relógio soou anunciando 16 horas; o homem suspirou.

Uma mulher de feições bonitas corria pela praça usando uma calça que acentuava suas curvas; seu busto balançava a cada passada, e seu cabelo, preso, cintilava à luz do sol. A mulher passou por ele com passos rápidos, deixando um charmoso rastro pelo tapete florido.

Seus olhos não se encontraram, mas um sorriso foi exaltado.

Alexandre (Xedar)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Bobo

Quem é o bobo, quem é o bobo?
Bobo? Bobo divertido.
É, aquele palhaço mesmo.
Chama ele que eu quero rir.
Chama o bobo, chama o bobo.
Circo montado e comida servida.
Chama ele que quero ver o tolo.
Mordidas vorazes e sede fulgaz.
Chão de pedra carne.
Sangue de se beber.

Veja lá, lá vem o bobo.
Que bobo? Aquele palhação.
Ele mesmo, lá vem lá.
Vamos rir, vamos rir

"Agora eu rio, pois a piada, aqui se encontra"

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sobre a Tristeza





Falando sério, sem hipocrisia, 'é melhor ser alegre que ser triste' pode até ser aquela máxima inviolável da vida de muita gente, mas a tristeza também tem seu charme.
Talvez seja opinião só minha, alucinação, devaneio ou como quiser chamar, mas a tristeza é um sentimento tão belo, tão completo e muito mais humano do que a alegria.
Nesse ponto é importante que seja feita a distinção entre felicidade e alegria. Alegria é aquela coisa, às vezes chata, que emana das pessoas que parecem não ter problemas, parecem enfrentar a vida como se ela fosse algo bonito e que não passa de um sentimento momentâneo de euforia misturada com animação. Já a felicidade é um estado de espírito, no qual a plenitude, equilíbrio e paz são encontrados em sinergia e harmonia em um ser. Me incomodam profundamente as pessoas que pensam que aquele cara, bobão e sorridente o tempo todo é a pessoa mais feliz do mundo, pois ele NÃO É. Enfim, eu poderia falar horas e horas sobre essa distinção entre estes dois conceitos mas o foco é outro.
A tristeza, é tão sublime quanto e é um sentimento marginalizado, que as pessoas evitam ao máximo, por erroneamente pensarem que quando se está triste você está menos feliz, ou está mais longe de alcançar esse sentimento de plenitude. Para isso, como já explanado, as pessoas se recobrem de uma falsa aura de alegria, achando que assim estarão mais próximas da felicidade.
O que é, para mim o ponto-chave de tudo, é que a tristeza valida, dignifica, e corrobora a felicidade e a alegria. Ora, só pode ser alegre de verdade, de uma forma a aproveitar cada minuto dessa alegria, quem convive sempre, ou apenas raramente com o sentimento oposto. É como naquela história de "quem foi pobre sabe valorizar o dinheiro". Quando se fica alegre, após momentos de tristeza essa alegria é realmente aproveitada.
Apesar de alguns melancólicos, como eu, viverem constantemente tristes e serem viciados nisso, não é algo recomendável. Aliás, nenhum extremismo é recomendável.
Enfim, no frigir dos ovos, o que vale mesmo é ser alegre quando é oportuno e não fugir da tristeza, já que ela dignifica essa alegria.


Marcos Felipe

quinta-feira, 10 de junho de 2010

http://www.youtube.com/watch?v=Xz7_3n7xyDg

acho que devíamos criar um marcador chamado "FODASSE"

Enjoy

Peças


Num teatro fingido comecei. Te olhava nos olhos, fitava a boca, sorria cheio de tesão e jurava amor eterno. Nesse rala e rola incrível caretas expressivas saiam.

Nesse teatro fingido me apeguei. Olhares de excitação se misturavam com os de compaixão; fiquei confuso.

Queria-te, mas negava. Gostava-te, mas não arriscava. Amava-te, e por ai parara. Terminei. Terminei o teatro, terminei os olhares pouco profundos, terminei com as caretas e terminei com a falsidade. Acabei com a peça.

Te bati, julguei e rotulei. Me afastei de você. Meu ódio cresceu. Não te queria perto de mim, não podia te ter longe de mim. Não queria mentir, não tinha forças para falar a verdade. Não tinha coragem de te abraçar, sabia que iria me apaixonar. Desisti e pra sempre iria mentir.

De um palco fui pra outro. A nova peça começava e mais uma pessoa entrou na platéia; coitado, mais um ator sem ardor.

Alexandre (Xedar)

sábado, 5 de junho de 2010

Prazeres


No interior de minha narina, roçava o dedo em uma gosma viscosa; tão sólida, tão verde. As tentativas de desprendê-la me produziam um glorioso prazer, que era expresso através de sonoros gemidos que saíam de minha boca.

Gozando desse desejo trivial, acabei abordado por policiais à paizana, que me obrigaram a aprisionar um dos meus mais insólitos e fúteis prazeres.

Sou apenas mais uma das vítimas desta vergonhosa doutrina.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ler


Ler...

Passo horas lendo linhas a fio,
Tentando compreender coisas sem sentido

Perco-me nas escritas do livro da minha escrivaninha
Vou de porco a bode,
De mato a gato,
Viro até monstro imaginário

Percebo-me nanico
Sou apenas um mineirinho

É feriado,
Outro livro da prateleira vou logo colocando na veia.

Alexandre (Xedar)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Blé


Agradeça a Deus por acreditar
E agradeço a Deus por não me importar
E agradeço a Deus por ser sem Deus
E agradeça aos seus por não serem meus
E no final, tanto faz.
E se faz, não me importo mais.