Os Falsos Humanos

Aula de filosofia. Pessoas dormindo, pessoas conversando, pessoas viajando, pessoas viajando, e uma ou outra prestando atenção. Logo o professor lê um texto no qual afirmava que o conhecimento levava à felicidade, e sem nenhuma dúvida na cabeça me levantei falando: “a ignorância é uma benção!”. Ai desde então a resposta do professor toca na minha cabeça: “Será?”

Uma pessoa ignorante, alienada, consegue se adaptar às dificuldades e apreciar o pouco que tem, já o ser desalienado não consegue conviver com suas dificuldades, ele necessita concertá-las, acaba se ocupando pensando nas coisas ruins e fica sem tempo de admirar as coisas boas que lhe pertence.

Mas será que o alienado é o que quer? Não. Ele não tem controle sobre a própria vida, e não consegue nem mesmo mudá-la. Ele Aceita idéias sem questionar e vive cheio de preconceitos. Vivem uma vida controlada pelos outros... acho que não poder viver por sí mesmo é meio desumano, as pessoas viram máquinas.

Como ser humano temos essa capacidade única de fazermos o que queremos, temos o livre arbítrio. Podemos ir contra nossos instintos e pensarmos por nós mesmos e não seguir o pensamento de outros.

Então, será que vale a pena não ter nossa humanidade para ser plenamente feliz? Se for para ser feliz, sim. Mas não acho que eu conseguiria abdicar das dúvidas, da busca pelas respostas, da minha autocrítica. Ser feliz ou ser humano, eis a questão?

Obs: podemos sim ser felizes não sendo alienados, e sim, podemos ser tristes mesmo alienados (como na maioria das vezes acho eu).
Obs²: Uma pessoa alienada não é aquela que tem pouco conhecimento, e sim aquela que não pensar por si mesma, conhecimento faz pouca diferença.
Obs³: Se quiser ler mais sobre o assunto um livro muito bom para ler é o “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley.

Alexandre (xedar)